terça-feira, 27 de abril de 2010

Minha Vida por Um Minuto

De um lado, está a Lei. Para que a Lei seja cumprida, são realizadas campanhas de conscientização. É verdade que as Leis são criadas por humanos e podem ser passíveis de falhas. Assim, muita gente não obedece a algumas Leis, mesmo sendo um cidadão educado, ético e sábio. Acredito que uma Lei não pode tudo, porém, quando são impostas a sociedade, é porque tem um cunho regulador, punitivo, sobre certas questões que não podem ficar omissas.


Mas o que dizer de desrespeito, descumprimento, descaso com as Leis que são super importantes para a preservação da vida, se a vida é o bem mais precioso que temos?

É isso que vemos, assistimos, escutamos toda hora, todos os dias. Infelizmente.

As pessoas estão arriscando a todo instante a vida, o bem mais precioso, por um mísero minuto, por nada. Quanto vale um minuto?

Analisemos: perdemos preciosos minutos tomando um banho (quando passamos de 5 minutos); quando esticamos uma conversa fútil ao telefone; quando esquecemos um documento e voltamos para pegar; quando resolvemos dar uma parada e deixamos tudo correr; quando passamos horas numa mesa de bar ingerindo álcool. Certo?

Até aí tudo bem, é normal, não se corre risco algum, nada que seja vital.

O problema é que perdemos minutos nessas atividades e formas, mas não queremos perder um minuto quando estamos diante de um semáforo, sejamos pedestres ou motoristas, por exemplo. É nesse momento que infringimos a Lei e arriscamos a própria vida e a de terceiros. É quando queremos chegar em cima da hora em um compromisso, mas não saímos de casa na hora adequada.

A verdade é que em determinado minuto acontecerá a falha e uma vida vai pro beleléu, e pode ser a sua, a minha, a de um parente, a de um amigo.

Além disso, obedecer a sinalização e andar na linha não é só para trem. É para quem pretende ser educado, dizer-se desenvolvido. Não adianta dizer que no Primeiro Mundo tudo é certinho, se você sabe disso e não faz a sua parte.

Temos que dar o exemplo e não dar a vida por um minuto.

Um comentário:

  1. Estimado Guilherme

    Dizer que só no Brasil existe este tipo de irresponsabilidade, e falta de cidadania no respeito pelas mais elementares leis da convivencia e civilidade é redutor, mas...
    Mas tenho que dizer que mesmo no chamado 1º mundo isso acontece, com maior ou menor %, mas acontece por igual, pois o humano é mentalmente falho neste tipo de retenção na mente.
    Talvez por causa dessa mesma falha é que existem paises que taxam o esquecimento perante um semaforo encarnado, uma cuspidela para o solo, uma lata de refrigerante que voa do automovel, ou um pacote de chips vazio que se joga para detrás das costas em plena via publica.
    Só existe recuperação da tal memoria, quando o civico aplica a coima.
    A pergunta que fica é:
    Porque será que nós humanos, somos muitas vezes levados a só fazer as coisas corretamente, se obrigados a isso, quando deveria ser uma acto tão natural como adormecer e acordar...
    A margem dizer que gostei muito do blogue, e que ameaço voltar muito mais vezes, quanto mais não seja para ler, e retirar algo para a minha mente...
    Abração

    ResponderExcluir