quarta-feira, 3 de março de 2010

Libertem a Segurança!

É inegável, incontestável, incrível, os avanços obtidos, alcançados, advindos dos programas sociais do Governo Federal, como Bolsa-Família, Bolsa-Escola, Vale Leite, etc. Muitas famílias miseráveis passaram a consumir o mínimo recomendado para sobreviver com alguma dignidade.

Pelo menos podem se dizer assistidas por um Governo que se diz do povo, para o povo, pelo povo - aliás, todos os governos pregam isso, mas na prática, só este do Presidente Lula está dizendo e fazendo a maior distribuição de renda que já se viu nesse Brasil.

Por outro lado, o ato de fornecer dinheiro via programas federais tem causado uma série de problemas de ordem social que coloca em xeque a decisão de tirar o pobre da miserabilidade.

Acusa-se que os pobres não querem mais trabalhar; que numa casa onde tem um aposentado ou benefício do bolsa-família, ninguém trabalha; que as mulheres estão só pensando em fazer filhos para receber mais auxílios; que a contrapartida das famílias ao colocar os filhos na escola não tem surtido efeito; e que tem muita gente recebendo sem atender aos critérios, etc.

Mas o pior de tudo é que se elegeu estes programas como a vitrina do Governo e outros setores foram deixados de lado, como a segurança. Nunca vi tanto descaso na segurança pública, tantos problemas, tantos crimes, tantas reclamações, quanto agora, nos dias atuais.

Eu já dizia que as bases da família brasileira estão corrompidas e agora digo que o crime se universalizou. Antes só havia droga nas grandes cidades, hoje tem em qualquer lugarejo do interior. Os bandidos roubavam nas capitais, hoje roubam os próprios amigos nas cidadezinhas onde habitam. E tudo isso porque se pensando em ação social e distribuição de renda, esqueceu-se da segurança e dos investimentos constantes e pesados que são requeridos na área.

Neste fim de semana, ocorreram 13 homicídios na grande João Pessoa. Metade dos municípios paraibanos não tem delegado, escrivão, computador, munição, viatura. Mas ontem, numa reportagem no Rio Grande do Sul, vi um assalto, a 100 km de Porto Alegre - lá um dos estados mais ricos do Brasil -, onde também não tem delegado - apenas um soldado - e 4 homens dinamitaram o Banco do Brasil e arrombaram cofres e caixas eletrônicos, sem encontrar resistência. Vemos que o problema é nacional.

As famílias brasileiras estão amedrontadas, prisioneiras em suas casas, órfãs da segurança pública - que é obrigação e prerrogativa do poder público, a marcê de todo tipo de bandidagem. Recente pesquisa realizada apontou que a segurança é o principal item de preocupação do brasileiro, vencendo os problemas financeiros e casos de saúde, que sempre estavam em primeiro em tempos recentes.

Desnecessário lembrar que essa situação de insegurança causa efeitos tremendamente nocivos na população, como o medo, o stress, o prejuízo, as neuroses, fobias, as reações adversas aos processos de violência, a própria violência, destruição do patrimônio, e tudo mais atrelado ao mundo do crime.

Todo mundo coloca a culpa no poder judiciário, que é lento, mas existe a culpa do poder executivo, que não cumpre a aplicação da pena, não consegue re-socializar os presidiários, não consegue cumprir a lei no tocante a quantidade de presídios, a qualidade das prisões, etc. E também o poder legislativo, que só faz alguma coisa mediante o clamor público, quando a coisa está insuportável.

O Brasil precisa de um mutirão, uma força-tarefa, uma mobilização firme e forte do Presidente, Governos Estaduais, Ministro, Secretárias de Segurança e Polícias, para colocar ordem na casa, ou logo logo seremos um gigante dominado pelo medo, pelo terror; um país, um povo sem confiança, sem rumo, e consequentemente, sem chances de desenvolvimento, de progresso e de amor.

(charge: chammes.wordpress.com)

Um comentário:

  1. GG, parabéns pelo Blog!

    Opinões são sempre bem vindas, seja qual for a tendência, orientação política, religiosa, etnica ou sexual. Só os totalitários querem ouvir opiniões que reflitam o que eles pensam (pensam, mesmo?).

    Grande abraço

    Alvarez

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