quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Amigos do Rei

A política brasileira é feita de muita paixão e desavenças nas famílias divididas e brigas entre vizinhos e apostas e prejuízos para os mais exaltadas e corajosos.
Quando é a nível local, municipio ou estado, é mais latente. A divisão ocorre de toda forma. Basta numa família ter dois membros empregados e cada um seguir um partido ou político  diferente. Tá feito o nó.
Então ocorrem intrigas, brigas, até mortes. Fora isso, alguns se engajam e trabalham mais do que os próprios candidatos. Só faltam morrer, como dizemos aqui, para ver a vitória. Sim, pintam a cara, enfeitam a casa e os carros, vestem a camisa, o boné, o chapéu, imprimem bandeiras... coisa de louco. 
O objetivo por vezes nem é vislumbrando as melhorias que podem advir da vitória do seu candidato. Ocorrem casos em que o desafio, a vontade, o desejo, é de ver o candidato de um vizinho, de um ex-amigo gozador, derrotado, destruído, acabado.
Aí, acontece ao seu modo, vence a eleição, faz a festa, zoa um bocado. Sai de alma lavada.
Só que no outro dia, já começa a ouvir que o fulano que perdeu já está pendendo para o lado do adversário de dois dias atrás. 
Olha, dá um ódio tão grande! enorme! incomensurável! não tem coisa pior. Imagine você lutar 3 meses para vencer, ouvir o cara esculhambar o teu candidato, e tem gente que sabe encher o saco à exaustão, para depois oferecer apoio e ir comer na mesa do outro, levando as benesses do poder, indo mamar nas tetas do estado, tornando-se amigo do Rei... do seu Rei.
Pior mesmo se de reboque levar o teu inimigo íntimo para mamar e tu ficar chupando os dedos.
E isso está acontecendo em larga escala.
Já se fala em levar Maranhão para o governo de Dilma e isso significa que continuará a atrapalhar a Paraíba. Será que essa mulher não percebe que abolimos ele da vida pública para sempre, pensando na Paraíba?
Os vereadores da Capital, antes inimigos do Rei, agora querem retornar ao abraço amigo do poder estadual e municipal.
E outros e muitos outros estão costurando, tecendo, tricotando as suas estratégias para se agarrar nas tetas e culhões do poder, como carrapatos, visando a permanência parasita de suas existências.
Pau neles! veneno neles! afinal, é mais do que merecido.
Ao pobre e iludido eleitor, resta a certeza de que tudo não passa de uma jogatina miserável, onde o normal é a malandragem, a dissimulação, o inescrupulosidade, o descaráter.
Até quando? pergunto-me e respondo-me: Até que criemos vergonha e deixemos essa coisa de lado.

Um comentário:

  1. Caro Amigo

    Para mim nada já é surpresa e muito menos aquilo que acho vai acontecer com essa tal de Dilma que os brasileiros (democraticamente) elegeram.

    Como sabes não previ nada de bom para o Brasil com ela eleita presidente. E cada vez estou mais convicto disso, e ainda nem sequer tomou posse...

    Que aqueles que a elegeram, e (alguns até..) estavam (e estão) ao nosso lado possam fazer por uma vez que seja; uma grande reflexão sobre aquilo que querem na politica e na sociedade.

    Por mim, vou continuar tranquilamente a olhar, meditar, comentar aquilo que me for na alma, pois felizmente nunca dependi nem será agora que vou depender da politica para viver.

    Nestes casos concretos; espero que Ricardo Coutinho e toda a sua equipa saibam tomar uma decisão forte e marcante, para que esta vergonha tenha desde já um fim, e o novo ciclo seja todo ele pautado por uma nova postura, mesmo nas questões que alguns podem considerar menores, mas que se não tratadas e saradas a tempo podem virar autenticos cancros terminais.

    Saudações amigas

    Abração

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