quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Decisões Perigosas e Acertadas

Caros amigos, a vida política brasileira é realmente muito dinâmica e tudo muda radicalmente em questão de horas, dias. Vivemos um vendaval de emoções constantes e nem dá tempo de assimilar direito um fato político, surge outro, mais outro e ficamos como cegos em tiroteio.

Nas duas últimas eleições, a de 2008 para Prefeito e nesta de 2010, para Governador, vivi pela primeira vez na vida a minha sina de 'esquerda', pois parti para a luta pela vitória com candidatos que estavam contra o poder. Sabemos que não é nada fácil vencer quem detém a máquina administrativa nas mãos, ainda mais no Brasil, onde as Leis não são respeitadas e tudo pode acontecer, para depois ir a julgamento.

É imperativo que a luta política seja realizada no campo dos projetos e das idéias e cada candidato deveria priorizar e observar os preceitos da Lei, eles acima de tudo, e não permitir que seus seguidores pisoteassem a Carta Magna e nem os preceitos dos tribunais. Não observar isso torna a luta injusta.

E por acreditar nas idéias e plataformas do candidato a Prefeito, pus-me a serviço da sua eleição, embora não participasse presencialmente, mas no campo das idéias e nos contatos cibernéticos com a população da cidade. Passou o tempo e a conjuntura política estadual me levou para junto de um candidato a Governo que lutaria contra o poder vigente, numa desvantagem hedionda.

Os governos tendem a se tornar imperativos, tirânicos, perseguidores, intolerantes, com o passar dos anos no poder, para não mais soltar a carne-seca e comentendo tais erros, se colocam contra boa parte da população, acendendo assim o desejo de mudança. Isso aconteceu tanto a nivel municipal quanto estadual.

Então, conseguir a vitória em ambos os casos foi relativamente fácil, no campo das idéias e na linha de defesa adotada contra governantes cansados e carcomidos pelos anos de desgaste público. Mas não se esqueçam das durezas da luta em campo, do corpo a corpo, dos milhares gastos, das controvérsias entre aliados e adversários, dos acordos e desacordos inerentes ao processo eleitoral.

Não obstante, parece-me que fui bafejado pela sorte em alinhar-me com os vencedores e ambos se comportaram dentro das linhas que parecem as mais corretas do ponto de vista ético e humanitário, além de administrativo e econômico.

Na próxima eleição estarei do lado governante, ao que parece, e espero ter motivos e fatos para poder advogar o voto meu e das pessoas com justificativas claras e baseadas no trabalho, na eficiência e na confiança da população.

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